O POETA E A MADRUGADA
(Vento Misterioso)
O que quer comigo ser invisível?
Perguntou o poeta todo arrepiado
Ouviu, sentiu um vento perceptível
Estremecendo e pairando o teclado
Toda casa foi tomada e preenchida
As cortinas como saia de bailarina
Então, Ele quis compreender a visita
Amedrontado, pegou e abriu a bíblia
Mediante aos mistérios e incertezas
Ali, refletiu que não frequenta igrejas
De nada adiantaria versos e poemas
Rimas ou estrofes para aquela cena
Uma coisa era certa, Ele era o dilema
Gostando ou não da visita foi visitado
As folhas, rascunhos e tudo espalhado
Diante da invasão noturna e a reflexão
A visita não trouxe versos nem canção
"Inspiração? Não! Somente reflexões...".
*TOWERS, Julio, O poeta e a Madrugada - 2024: Acróstico Reflexivo;
*Imagem internet.