SONETO: DeiCHATEADO para Trás
(Ticket da Adormecência)
Quem nunca ficou chateado
Porque o deixaram de lado
Lágrimas que molharam o rosto
Quão salgado é esse gosto
De se sentir o resto da sobra
Usado, culpado o massa de manobra
A manobra feita e muito bem feita
O contemplado, então aceita
Aceita o ticket do espetáculo
O espetáculo a corrida dos ratos
Como um camundongo de laboratório
A presa nem percebe o próprio óbito
Não pensa no que é de fato essência
E que já passou a adolescência
*TOWERS, Julio, DeiCHATEADO para Trás - 2025: Soneto;
*Imagem internet ilustrativa.